A onda das proteínas nos alimentos
Barrinhas de cereais, iogurtes, sorvetes e até águas engarrafadas recebem proteína adicional dos fabricantes de alimentos. Essa estratégia aproveita uma tendência crescente entre os consumidores, que buscam cada vez mais produtos com alto teor proteico.
A moda das proteínas tem sido impulsionada principalmente pelo marketing agressivo de alimentos e suplementos ricos no nutriente.
Diante dessa expansão no mercado, surge a pergunta: quanta proteína realmente precisamos consumir? A resposta varia conforme idade, estilo de vida e condições de saúde específicas.
Como são definidas as recomendações
Desde a década de 1940, o método de balanço de nitrogênio tem sido utilizado para determinar as Recomendações Dietéticas Permitidas (RDA). Essas diretrizes nutricionais são desenvolvidas pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos.
O sistema estabelece parâmetros baseados em evidências científicas para garantir consumo adequado de nutrientes.
Alguns profissionais de saúde podem recomendar metas proteicas mais altas para assegurar que as pessoas obtenham quantidade suficiente. Essa abordagem preventiva busca evitar deficiências nutricionais em diferentes populações.
Necessidades especiais na terceira idade
Perda muscular e consumo proteico
Idosos frequentemente enfrentam perda muscular com o avançar da idade. Em um estudo observacional com 2.066 adultos entre 70 e 79 anos, aqueles que consumiram cerca de 1,1 grama de proteína por quilo de peso corporal perderam 40% menos massa magra durante três anos de acompanhamento.
O grupo comparativo ingeria aproximadamente 0,7 gramas por quilo.
Esses resultados destacam a importância do consumo adequado de proteínas para preservação muscular na fase mais avançada da vida. A manutenção da massa magra contribui para a autonomia e qualidade de vida dos idosos.
Perspectivas sobre fontes proteicas
Proteínas vegetais versus animais
A Associação Americana do Coração recomenda priorizar proteínas vegetais em detrimento das animais. A gordura saturada presente nas carnes vermelhas pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
Além disso, a produção de carne representa uma fonte significativa de emissões de gases de efeito estufa.
Fernanda Marrocos, pesquisadora especializada em nutrição e políticas alimentares da Universidade de São Paulo no Brasil, oferece perspectiva acadêmica sobre o tema. Sua expertise contribui para compreensão das implicações das escolhas alimentares.
O equilíbrio na alimentação
Para a maioria das pessoas, desde que consumam calorias suficientes e mantenham dieta razoavelmente variada, obterão toda a proteína necessária. Essa abordagem simplifica as recomendações nutricionais para a população geral.
O foco deve estar na qualidade geral da alimentação, não apenas em nutrientes isolados.
Fonte
Este artigo foi publicado originalmente em 12 de novembro de 2025, trazendo informações atualizadas sobre as necessidades proteicas humanas. As descobertas continuam a evoluir com novas pesquisas científicas.
