Queda histórica na mortalidade prematura por doenças crônicas
Um estudo publicado na revista Cadernos de Saúde Pública revela avanço significativo na redução da mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis no Brasil ao longo de 30 anos.
A pesquisa foi realizada em parceria entre Fiocruz, Universidade Federal de Minas Gerais, Universidade de Brasília e Universidade de Washington.
Dados da redução
Entre 1990 e 2021, a probabilidade de morte prematura (entre 30 e 69 anos) por DCNT caiu de 23,3% para 15,2%.
Essa redução representa avanço importante na expectativa de vida dos brasileiros.
Metodologia e fontes de dados da pesquisa
O levantamento utilizou dados do Global Burden of Disease 2021 do Instituto de Métricas e Avaliação em Saúde.
As informações foram obtidas através do Sistema de Informações sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.
Confiabilidade dos dados
A metodologia segue padrões internacionais reconhecidos, garantindo comparabilidade com outros estudos.
A combinação de bases de dados permitiu análise robusta das tendências ao longo de três décadas.
Desigualdades regionais na redução de mortes
Apesar da queda em todos os estados e no Distrito Federal, a diminuição ocorre de maneira desigual entre regiões.
Contraste regional
- Norte e Nordeste: taxas melhoram mais lentamente
- Sul e Sudeste: taxas melhoram mais rapidamente
Essa disparidade indica desafios específicos para o sistema de saúde em diferentes regiões.
Fatores que contribuíram para a melhoria
Vários elementos explicam a redução significativa na mortalidade prematura:
Melhorias no acesso à saúde
- Expansão da atenção básica
- Ampliação de serviços especializados
- Diagnósticos mais precoces
Políticas públicas de prevenção
- Programas de controle do tabagismo
- Incentivo à atividade física
- Campanhas de conscientização
Avanços no tratamento
Progressos relacionados ao tratamento das doenças completam o cenário de melhoria.
Perspectivas futuras para a saúde pública
Os resultados sugerem caminhos promissores para continuar reduzindo mortes prematuras.
Estratégias necessárias
- Manter e expandir políticas comprovadamente eficazes
- Enfrentar desigualdades regionais identificadas
- Investir em infraestrutura de saúde nas regiões com menor avanço
Integração de ações
A combinação entre prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado permanece como estratégia central para preservar mais vidas nos próximos anos.
