Marte não é geologicamente morto
A sonda InSight pousou em Marte em novembro de 2018, após uma viagem de seis meses. Sua missão, da NASA, contava com um conjunto supersensível de sismômetros para estudar o interior do planeta.
De acordo com o astrônomo Marcelo Zurita, apresentador do Olhar Espacial, a InSight descobriu que Marte não é um planeta geologicamente morto. Isso significa que atividades internas ainda ocorrem, desafiando ideias anteriores sobre o Planeta Vermelho.
Além disso, a sonda revelou que Marte treme com os chamados martemotos, eventos sísmicos semelhantes aos terremotos na Terra. Essas descobertas abrem novas perspectivas para a compreensão da evolução planetária.
O que são os martemotos
Os martemotos são tremores que ocorrem na superfície de Marte, detectados pelos instrumentos da InSight. A origem desses eventos ainda está em discussão entre os cientistas, indicando que há mais a explorar sobre as causas.
Em contraste com a Terra, onde terremotos são bem estudados, Marte apresenta características únicas que exigem análises detalhadas. O divulgador científico Alexsandro Mota, que também é astrofotógrafo e criador do projeto Mistérios do Espaço, destaca a importância desses dados para a astronomia.
Assim, os martemotos não apenas confirmam atividade geológica, mas também oferecem pistas sobre a estrutura interna do planeta.
Revelações sobre o núcleo marciano
Dimensões e densidade
A missão InSight estimou o tamanho do núcleo de Marte com um raio de 1810 a 1860 quilômetros, mostrando que é cerca de metade do núcleo terrestre. Curiosamente, o núcleo de Marte é mais denso que o terrestre, o que pode influenciar sua evolução geológica.
Implicações para o campo magnético
Essas medições ajudam a entender por que Marte perdeu seu campo magnético, um fator crucial para a habitabilidade. Por outro lado, a comparação com a Terra permite insights sobre a formação de planetas rochosos.
Dessa forma, os dados da InSight estão redefinindo o que sabemos sobre o interior marciano.
Impactos de meteoritos registrados
Evento na Amazonis Planitia
A InSight captou impactos de meteoritos em Marte, incluindo um que ocorreu na região chamada Amazonis Planitia. Esse evento criou uma cratera de cerca de 150 metros de diâmetro e 21 metros de profundidade.
A força da colisão ejetou material até 37 quilômetros de distância. A sonda gravou o som dessas colisões de forma inédita, proporcionando uma experiência auditiva única para os pesquisadores.
Benefícios científicos
Além disso, esses registros ajudam a calibrar os instrumentos sísmicos e a estudar a frequência de impactos no planeta. Portanto, os meteoritos não apenas alteram a paisagem, mas também enriquecem o conjunto de dados científicos.
Limites do conhecimento atual
Apesar dos avanços, a origem dos martemotos ainda está em discussão, o que mostra os limites do que se sabe até agora. Especialistas como Marcelo Zurita e Alexsandro Mota enfatizam que mais missões são necessárias para esclarecer essas questões.
A fonte não detalhou, por exemplo, se todos os martemotos têm a mesma causa ou como variam ao longo do tempo. Em resumo, enquanto a InSight forneceu informações valiosas, ela também destacou lacunas que futuras explorações poderão preencher.
Assim, o estudo de Marte continua a evoluir, com cada descoberta levando a novas perguntas.
Perguntas frequentes
O que são martemotos?
São tremores que ocorrem na superfície de Marte, detectados pelos instrumentos da sonda InSight. São eventos sísmicos semelhantes aos terremotos na Terra.
O que a InSight revelou sobre o núcleo de Marte?
A missão estimou que o núcleo marciano tem um raio de 1810 a 1860 quilômetros, sendo cerca de metade do núcleo terrestre e mais denso.
Foram registrados sons em Marte?
Sim, a sonda InSight gravou o som de impactos de meteoritos de forma inédita, proporcionando uma experiência auditiva única para os pesquisadores.
