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Implante na retina permite cegos lerem em testes

Resultados promissores em testes clínicos

Um ensaio clínico com 38 pessoas com degeneração macular avançada em fase terminal mostrou resultados animadores. Após um ano do implante, 80% dos participantes tiveram melhora clinicamente significativa na capacidade visual.

Os pacientes conseguiram ler letras, palavras e retomar funções cotidianas antes impossíveis. Essa recuperação funcional demonstra o potencial do sistema para transformar a qualidade de vida de pessoas com graves limitações visuais.

Como o sistema funciona

Tecnologia do implante PRIMA

O sistema PRIMA combina óculos especiais com câmera integrada e implante retinal. A câmera captura imagens do ambiente e as converte em padrões de luz infravermelha, transmitidos para o implante.

Esse processo permite que o usuário perceba formas e contornos antes completamente obscurecidos. O sistema oferece controles para:

  • Aproximar e afastar objetos
  • Ajustar contraste e brilho

Essas funcionalidades personalizam a experiência visual para diferentes situações do dia a dia.

Treinamento necessário para uso ideal

Período de adaptação

O sistema demanda meses de treinamento intensivo para uso otimizado. Esse processo de aprendizado é essencial para explorar todas as capacidades do dispositivo.

A familiarização gradual com a tecnologia permite desenvolver novas habilidades de interpretação visual. Ao final do estudo, a maioria dos receptores já usava o PRIMA em casa para ler letras, palavras e números.

Avaliação dos usuários

Satisfação com o sistema

Dos 32 participantes que responderam à pesquisa de satisfação, 22 relataram contentamento de médio a alto com o sistema. Essa avaliação positiva indica benefícios tangíveis para a maioria dos usuários.

A percepção de melhoria na qualidade de vida foi um fator determinante. Porém, a leitura através do dispositivo não é rápida nem fluida, representando um processo mais lento e deliberado.

Limitações do sistema atual

Especificações técnicas

O sistema PRIMA possui apenas 381 pixels, cada um medindo 100 micrômetros quadrados. Essa resolução relativamente baixa explica por que a leitura não alcança a velocidade e fluidez da visão natural.

A qualidade visual é em preto e branco, não em cores. A visão monocromática, combinada com a baixa resolução, cria uma experiência visual bastante diferente da percepção normal.

Potencial para outras condições

Aplicações futuras

O dispositivo foi testado em pessoas com degeneração macular avançada, mas poderia ajudar a restaurar a visão em outras condições onde células fotorreceptoras morrem, mas outros neurônios retinianos permanecem funcionais.

A retinite pigmentosa é um exemplo dessas condições. A expansão para outras indicações médicas dependerá de novos estudos e adaptações tecnológicas.

Fonte

Helvio Diniz
Helvio Dinizhttps://orbitonhub.com
Conheça Helvio Diniz, especialista em tecnologia e educação digital. Artigos sobre ferramentas tech, IA e inovação educacional no Orbiton.
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