Furacão de categoria máxima atinge Jamaica
O furacão Melissa atingiu a Jamaica no dia 28 de outubro como tempestade de categoria 5, nível máximo na escala atual. O evento trouxe ventos devastadores e chuvas torrenciais para a ilha caribenha.
A intensidade reacendeu discussões sobre a adequação do sistema de categorização existente. Esta não é a primeira vez que furacões extremos desafiam os limites da escala convencional.
Proposta para nova categoria de furacões
Limites de velocidade do vento
Especialistas sugeriram no ano passado estabelecer categoria 6 para ventos acima de 192 milhas por hora. Este patamar representa salto significativo em relação ao limite superior da categoria 5 atual.
A proposta surge em contexto onde eventos climáticos intensos parecem mais frequentes. Ventos ainda mais fortes já foram registrados no passado.
Recordes históricos de intensidade
Furacão Allen de 1980
O recorde de velocidade de vento sustentado mais forte no Atlântico ocorreu durante o furacão Allen. A tempestade histórica atingiu 190 milhas por hora, muito próximo do limite proposto para nova categoria.
Este registro permanece como referência máxima há mais de quatro décadas. A proximidade com 192 milhas por hora sugere que criação de nova categoria poderia ser útil.
Limitações da escala atual
Sistema Saffir-Simpson
A escala considera apenas velocidades de vento para determinar categoria de furacão. Este sistema, embora amplamente usado, não incorpora outros fatores igualmente perigosos.
Furacões produzem marés de tempestade e chuvas intensas que podem ser tão perigosas quanto ventos fortes. Estes elementos frequentemente causam danos significativos e perda de vidas.
Especialista questiona sistema único
Opinião de Brian McNoldy
Brian McNoldy, pesquisador de furacões na Universidade de Miami, expressou cautela sobre sistemas de classificação simplificados. O especialista afirmou que ‘é impossível resumir as ameaças de um furacão em um único número’.
McNoldy enfatiza que diferentes aspectos representam perigos distintos para comunidades costeiras. Ventos fortes, inundações por maré e acumulação de chuva exigem preparações específicas.
Futuro da classificação de furacões
Comunicação de riscos
O debate sobre categoria 6 continua enquanto cientistas avaliam melhor forma de comunicar riscos meteorológicos. Eventos extremos servem como laboratórios naturais para entender evolução das tempestades tropicais.
Comunidades em regiões propensas a furacões devem permanecer atentas a todos os aspectos destas tempestades. A preparação adequada considera múltiplos fatores de risco.
