Segmento de Alto Nível inicia com peso político
Ministros e representantes de alto escalão reuniram-se hoje na COP30 para o Segmento de Alto Nível. Esta fase marca a segunda parte da conferência, com discussões de maior peso político.
Entre os participantes estão a presidente da Assembleia-Geral da ONU, Annalena Baerbock, e o secretário-executivo da UNFCCC, Simon Stiell. Também estiveram presentes a vice-secretária executiva da UNFCCC, Noura Hamladji, e o presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago.
O encontro visa avançar nas negociações climáticas com maior engajamento governamental. Espera-se que as decisões finais reflitam compromissos sólidos.
Discurso de Alckmin na abertura
Urgência por ações concretas
Na abertura dos trabalhos, o vice-presidente da república, Geraldo Alckmin, fez um discurso enfático. Ele afirmou: “O tempo das promessas já passou. Esta COP deve marcar o início de uma década de entrega”.
Além disso, reafirmou o compromisso de zerar o desmatamento ilegal até 2030. Suas palavras destacaram a urgência em transformar acordos em ações tangíveis.
O tom reflete a pressão por resultados concretos nas políticas ambientais. Essa postura pode influenciar as discussões ao longo da semana.
Documento com tópicos finais
“Decisão Mutirão” em discussão
O texto finalizado ontem pela equipe do presidente da COP, André Corrêa do Lago, tem três páginas. O documento traz uma lista de tópicos que podem estar no texto final da conferência.
Ele aborda os quatro pontos de discordância que ficaram fora da agenda oficial da COP30. O Brasil está chamando provisoriamente o texto de “Decisão Mutirão”.
Essa iniciativa busca consolidar posições antes do encerramento. No entanto, a fonte não detalhou o conteúdo específico desses tópicos.
Marcha indígena em Belém
Reivindicações por direitos e proteção
A Marcha Global dos Povos Indígenas aconteceu hoje em Belém com duração de três horas. O comboio partiu às 8h30 da Aldeia COP na Escola de Aplicação da UFPA e terminou às 11h30 no Bosque Rodrigues Alves.
Os participantes reivindicam:
- Reconhecimento territorial como política climática
- Desmatamento zero
- Fim da exploração dos combustíveis fósseis
- Fim da mineração nos territórios
- Proteção aos defensores indígenas
- Acesso direto ao financiamento climático
- Participação com poder real nas decisões
Demarcações de territórios anunciadas
Proteção ambiental e direitos tradicionais
A ministra Sonia Guajajara anunciou a demarcação de dez territórios indígenas em sete estados brasileiros na COP30. Entre os territórios demarcados está o território Tupinambá da cidade de Olivença (BA), área de 47 mil hectares.
Pelo menos 11.600 indígenas serão atendidos com as novas demarcações. O Ministério da Justiça chega à marca de 21 demarcações em pouco mais de um ano.
O Brasil pretende demarcar 63 milhões de hectares de novas áreas indígenas e quilombolas até 2030. Essas ações visam fortalecer a proteção ambiental e os direitos tradicionais.
