As picapes que dominaram o mercado
As picapes Chevrolet Série C consolidaram-se como as mais vendidas no Brasil entre os anos 1960 e 1990. Esses veículos combinaram durabilidade e capacidade de carga, atendendo às necessidades de trabalho e transporte no país.
Sua trajetória inclui modelos emblemáticos que permanecem na memória dos brasileiros. Entre as versões iniciais, destacava-se o Expresso de Aço, pertencente à linha Chevrolet Brasil.
Configurações de cabine
Além disso, havia a opção de cabine dupla chamada Alvorada e outra com carroceria fechada denominada Amazona. Essas variações ampliavam as possibilidades de uso para diferentes perfis de consumidores.
Inovações técnicas
Em 1962, a adoção de quatro faróis trouxe um visual mais moderno e melhor iluminação. Paralelamente, oferecia-se o opcional ‘Tração Positiva’, um bloqueio de diferencial que aumentava a aderência em terrenos difíceis.
Essas inovações contribuíram para a popularidade contínua da série.
Motorização e características técnicas
O coração dessas picapes era o motor Jobmaster 261, que começou a ser fundido no Brasil em 1959, na fábrica de São José dos Campos (SP). Com 4.300 cm³ de cilindrada, essa unidade propulsora rendia 142 cv brutos de potência.
Seu torque chegava a 31,7 kgfm a 2.000 rpm, garantindo bom desempenho em diversas situações.
Suspensão e capacidade
As primeiras picapes nacionais contavam com suspensão que utilizava eixo rígido e feixes de molas na dianteira. Esse conjunto assegurava resistência para cargas pesadas e durabilidade em estradas irregulares.
Posteriormente, a capacidade de carga foi estabelecida em 750 quilos para alguns modelos. O câmbio, de três marchas, tinha alavanca posicionada na coluna da direção.
Conforto interno
Por outro lado, a cabine acomodava motorista e mais dois passageiros com relativo conforto. Essas características refletiam o foco em praticidade e custo-benefício que marcou a produção da época.
Evolução para a linha C-14
Em maio de 1964, a General Motors apresentou a linha Chevrolet C-14, que introduziu design com linhas angulosas. A suspensão dianteira passou a ser independente, utilizando balanças e molas helicoidais.
Essa mudança melhorou o conforto e a estabilidade em comparação com sistemas anteriores.
Motor e versões
O motor mantinha a configuração ‘seis em linha’ de 4,3 litros, assegurando a confiabilidade já conhecida. Existiam versões C-14 e C-15, estas últimas com chassi e caçamba mais longos para maior capacidade.
Havia ainda derivações com cabine dupla, identificadas como C-1414, ampliando as opções para famílias ou equipes de trabalho.
Transição para C-10
Em 1974, as C-14 foram rebatizadas como C-10, mantendo as bases técnicas consolidadas. Essa transição de nomenclatura acompanhou atualizações de marketing, sem alterar a essência robusta dos veículos.
A linha seguiu como referência no segmento por muitos anos.
Legado e importância histórica
A longevidade das Chevrolet Série C no mercado brasileiro demonstra seu acerto em atender demandas locais. Modelos como Expresso de Aço, Alvorada e Amazona tornaram-se ícones do transporte utilitário.
Sua popularidade sustentou vendas líderes por três décadas consecutivas.
Evolução técnica
A evolução técnica, desde a suspensão com eixo rígido até a independente, mostrou adaptação às necessidades dos usuários. Itens como o bloqueio de diferencial ‘Tração Positiva’ reforçaram a vocação para trabalho pesado.
Essas picapes representaram um capítulo fundamental na indústria automotiva nacional.
