Uma equipe de astrônomos utilizou pela primeira vez o Telescópio Espacial James Webb para observar o 3I/ATLAS, o terceiro visitante interestelar já registrado. As observações foram feitas no dia 6 de agosto, revelando detalhes surpreendentes sobre a composição deste corpo celeste, que contém uma proporção maior de dióxido de carbono em comparação com outros cometas conhecidos.
Resumo em tópicos
- Uma equipe de astrônomos utilizou pela primeira vez o Telescópio Espacial James Webb para observar o 3I/ATLAS
- O processo comum em outros cometas provoca a liberação de gases, criando a cauda observável do cometa
- Os recursos do James Webb permitiram que os cientistas identificassem substâncias na coma do cometa
- O 3I/ATLAS é o terceiro visitante interestelar já registrado
- A cauda do cometa é cientificamente chamada de ‘coma’
O que torna este cometa único
O 3I/ATLAS é o maior dos objetos interestelares observados, com estimativas preliminares indicando um diâmetro de cerca de 11 quilômetros. Em contraste, o primeiro objeto interestelar registrado, o 1I/ʻOumuamua, tem 100 metros de diâmetro, e o segundo, o cometa 2I/Borisov descoberto em 2019, possui 1 quilômetro de diâmetro. Sua dimensão ampliada oferece uma oportunidade rara para estudos detalhados.
Composição revelada pelos instrumentos avançados
Os recursos do James Webb permitiram que os cientistas identificassem substâncias na coma do cometa, que é cientificamente chamada de cauda. Foram detectados dióxido de carbono, água, gelo de água, monóxido de carbono e sulfeto de carbonila. O processo comum em outros cometas provoca a liberação de gases, criando essa estrutura observável, mas aqui a proporção de dióxido de carbono em relação à água é maior do que a habitual.
Possíveis explicações para a surpresa
Na região onde o cometa se encontra, a temperatura cai o suficiente para que o dióxido de carbono passe do estado gasoso para o sólido, o que pode influenciar suas características. Além disso, o núcleo do corpo celeste pode ser naturalmente rico em dióxido de carbono, sugerindo origens distintas dos cometas do Sistema Solar. O objeto também contém grande quantidade de água congelada, possivelmente preservada em seu interior por cerca de 7 bilhões de anos, um período que antecede a formação do Sistema Solar, ocorrida há aproximadamente 4,6 bilhões de anos.
Limites do conhecimento atual
Os resultados do estudo foram publicados na plataforma Zenodo para ser revisado por pares, indicando que as descobertas ainda estão em fase de validação pela comunidade científica. A fonte não detalhou informações adicionais sobre a equipe envolvida ou links para acesso direto, mantendo a discrição típica de pesquisas preliminares.
Dúvidas Frequentes
O que é um cometa interestelar? É um corpo celeste que se origina fora do Sistema Solar e viaja através do espaço interestelar.
Por que a observação com o James Webb é importante? Permite análises detalhadas de composição com instrumentos de alta precisão, não disponíveis em telescópios anteriores.
Quais são as implicações da alta proporção de dióxido de carbono? Pode indicar condições de formação diferentes, ajudando a entender a diversidade de materiais no universo.
Há risco de colisão com a Terra? A fonte não detalhou a trajetória ou riscos, focando apenas nas características composicionais.