O retorno do Salão do Automóvel
Após sete anos de hiato, o Brasil voltará a contar com um Salão do Automóvel. O evento está presente no calendário de entusiastas do país desde os anos 1960, marcando gerações com lançamentos e conceitos.
Essa retomada reaviva histórias de modelos que ficaram apenas na promessa. Entre os casos emblemáticos está o Trazo, sedã que a Dodge apresentou em edições passadas.
As origens do projeto Trazo
O projeto nasceu de um acordo entre a Dodge e a Nissan, com o objetivo de criar um carro compacto e econômico. O acordo era para a criação de um veículo voltado para mercados fora do eixo México-Canadá-EUA.
A presença da Dodge era tímida no eixo México-Canadá-EUA, o que motivou a busca por novos mercados. O Trazo seria uma opção acessível e prática, alinhada às demandas por economia e espaço.
Estratégia de mercado
Essa estratégia buscava aproveitar a expertise da Nissan em veículos eficientes. O modelo foi desenvolvido em parceria entre as montadoras, visando expandir a oferta em mercados emergentes.
Características técnicas do sedã
As medidas do Trazo eram as mesmas do Tiida sedã vendido no exterior, garantindo familiaridade técnica. O comprimento era de cerca de 4.472 mm, oferecendo bom espaço interno.
A largura era de 1.685 mm, enquanto o entre-eixos era de 2.600 mm, proporcionando estabilidade e conforto. O porta-malas era de 390 litros, adequado para uso familiar e viagens.
Posicionamento no mercado
Essas dimensões colocavam o modelo na categoria de sedãs compactos, concorrendo com rivais consolidados. A expectativa era que ele atraísse consumidores em busca de praticidade.
O fim da colaboração entre marcas
Após o salão, a marca não tocou mais no assunto do sedã, deixando fãs e analistas curiosos. A parceria com a Nissan teria azedado os planos, complicando o desenvolvimento do Trazo.
Alguns meses depois, ambas anunciaram o fim da colaboração, enterrando o projeto. Esse rompimento refletia tensões na indústria automotiva da época.
Contexto corporativo
O flerte entre a Fiat e as marcas Dodge e Chrysler já estavam firmes, indicando mudanças maiores no cenário global. A união entre as gigantes foi concluída em 2014, resultando na criação da FCA.
Mudanças no cenário automotivo
A união resultou na criação da Stellantis, conglomerado que reúne várias marcas sob um mesmo guarda-chuva. Essa consolidação alterou estratégias de produto e mercado, afetando projetos como o Trazo.
O modelo acabou esquecido nas prateleiras, sem nunca chegar às ruas. Hoje, o retorno do Salão do Automóvel serve como lembrete dessas histórias não realizadas.
Legado do projeto
Enquanto novos lançamentos dominam os holofotes, o Trazo permanece como curiosidade para colecionadores. Sua trajetória ilustra os desafios das parcerias internacionais no setor automotivo.





