A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta sobre o crescimento significativo de casos de coqueluche em escala global. Dados divulgados neste mês revelam uma situação preocupante, especialmente nas Américas, onde as notificações aumentaram drasticamente.
Crescimento alarmante nas Américas
O relatório mais recente da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) mostra uma escalada impressionante nos casos de coqueluche na região. Em 2023, a OMS recebeu 11,2 mil notificações nas Américas. Já em 2024, esse número subiu para mais de 66 mil.
Contraste com períodos anteriores
Entre 2021 e 2022, a região registrou menos de 3,3 mil casos, o recorde mais baixo. Essa disparidade evidencia a velocidade com que a situação se agravou nos últimos dois anos.
Panorama preocupante em escala global
Globalmente, o crescimento segue a tendência observada no continente americano. Entre 2023 e 2024, o aumento global de casos foi de 5,8 vezes.
Números globais em 2024
Em 2024, o número global de casos de coqueluche chegou a 977 mil. Esse marco sinaliza a urgência de medidas de contenção e vigilância epidemiológica reforçada.
Bebês são as principais vítimas
A OPAS ressalta que crianças de até 12 meses são o grupo mais afetado pela coqueluche. Em países como Brasil, Argentina e Colômbia, os bebês representam entre 30% e 40% dos casos notificados.
Vulnerabilidade dos lactentes
Essa faixa etária é especialmente vulnerável devido ao sistema imunológico ainda em desenvolvimento. A doença pode ser grave nessa população, com tosse persistente que pode levar a complicações respiratórias sérias.
Entenda a doença e sua transmissão
A coqueluche é causada pela bactéria Bordetella pertussis, um microrganismo altamente contagioso. Os sintomas iniciais são parecidos com os de uma gripe, com destaque para a tosse persistente que pode durar semanas.
Formas de transmissão e prevenção
A infecção é transmissível por gotículas expelidas através da fala, espirros e tosse. A boa notícia é que a coqueluche pode ser prevenida pela vacina DTP, um imunizante amplamente disponível.
Desafio das cepas resistentes
Meses atrás, a OPAS divulgou um alerta a respeito de cepas específicas de coqueluche que se mostram resistentes a antibióticos. Essas variantes foram notificadas em países como Brasil, México, Peru e Estados Unidos.
Impacto da resistência antimicrobiana
A resistência antimicrobiana limita as opções terapêuticas e pode prolongar o tempo de recuperação. Diante disso, a prevenção por meio da vacinação se torna ainda mais vital.
Prevenção é o caminho mais seguro
Diante do cenário de aumento de casos, a vacinação surge como a ferramenta mais eficaz para frear a disseminação da coqueluche. A vacina DTP, oferecida no calendário básico infantil, é a principal forma de proteção.
Medidas complementares de proteção
- Esquemas de reforço para adolescentes e adultos
- Medidas de higiene como lavar as mãos
- Cobrir a boca ao tossir
- Buscar atendimento médico ao apresentar sintomas
- Evitar contato com grupos vulneráveis





