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Falta de chips de memória deve persistir até 2026

Alerta da gigante da memória

A Micron, uma das três maiores fabricantes de memória do mundo, emitiu um alerta sobre a escassez de chips de memória. O anúncio foi feito durante a divulgação dos resultados da empresa na quarta-feira (17).

Segundo a companhia, essa situação de falta de componentes deve se estender para 2026 e além, configurando um cenário prolongado de restrições no setor.

O CEO Sanjay Mehrotra afirmou que as condições restritivas em relação à memória DRAM e à memória flash NAND devem persistir nesse período. A declaração reforça a previsão de que o problema não será resolvido a curto prazo.

Dessa forma, o mercado precisa se preparar para um impacto duradouro na cadeia de suprimentos.

Inteligência artificial como motor da escassez

O principal motivo para a escassez seria a alta demanda do setor de inteligência artificial. Conforme essa tecnologia avança, a necessidade por chips específicos aumenta de forma significativa.

As condições restritivas se intensificam à medida que a inteligência artificial impulsiona a procura por componentes.

Chips HBM: prioridade para data centers

Os chips de memória de alta largura de banda, conhecidos como HBM, são essenciais para alimentar os data centers que fazem a IA funcionar.

Esses componentes são prioritários na produção, o que reduz a disponibilidade para outros dispositivos. Portanto, a corrida tecnológica por sistemas mais inteligentes está remodelando a alocação de recursos na indústria.

Impacto direto no consumidor

Sobram menos chips para outros dispositivos, como celulares e computadores, devido à priorização da inteligência artificial.

No relatório de resultados, a empresa escreveu que as restrições afetarão as remessas de PCs no próximo ano. Além disso, os smartphones também devem subir de preço e ficar mais escassos no mercado.

Celulares de entrada: os mais afetados

A escassez de chips afeta particularmente o setor de celulares, principalmente os modelos de entrada. O resultado é que as empresas fabricantes devem:

  • Diminuir seus portfólios
  • Aumentar os preços para compensar a falta de componentes

Essa dinâmica pode limitar as opções acessíveis para o público geral nos próximos anos.

Benefício para a fabricante

A Micron está se beneficiando da situação de alta demanda e oferta limitada. A empresa registrou uma receita recorde no último trimestre, chegando a US$ 13,64 bilhões.

Esse valor representa um aumento significativo em relação aos US$ 8,71 bilhões registrados no mesmo período no ano passado.

Estratégia de alocação

Ao priorizar acordos maiores, como os voltados para data centers de IA, a Micron vai fornecer menos recursos para produtos finais, como computadores.

Essa estratégia de alocação reforça o ciclo de escassez para dispositivos de consumo. Assim, o sucesso financeiro da fabricante está diretamente ligado às mudanças no mercado.

Perspectivas para o futuro

O alerta da Micron indica que a escassez de chips de memória deve continuar em 2026 e além, sem uma solução imediata à vista. A previsão sugere um período prolongado de ajustes na cadeia produtiva global.

Enquanto isso, consumidores e outras indústrias precisarão se adaptar a um novo normal de disponibilidade limitada.

O post ‘Escassez de chips de memória vai continuar em 2026, diz fabricante’ apareceu primeiro em Olhar Digital. A repercussão do alerta deve orientar decisões de empresas e usuários finais nos próximos anos.

Diante desse cenário, a busca por eficiência e alternativas se torna ainda mais crucial para toda a tecnologia.

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