Descoberta de manuscrito medieval norueguês
Um manuscrito norueguês do século 13 foi entregue à Biblioteca Nacional da Noruega no início deste ano. O pequeno livro deteriorado, antes pertencente à fazenda Hagenes, contém oito páginas preservadas.
A análise sugere que o manuscrito teria vindo de um mosteiro no oeste da Noruega. Essa descoberta oferece pistas valiosas sobre suas origens históricas.
Composição incomum do livro
Materiais utilizados
As páginas do manuscrito são feitas com pele de bezerro, enquanto a capa é produzida a partir de pele de foca. A encadernação de pele de foca é considerada atípica para a época.
Os fragmentos de texto antigo foram escritos em pele animal, preservando o conteúdo ao longo dos séculos. Essa combinação de materiais destaca a singularidade do objeto.
Conteúdo religioso em latim rústico
Características textuais
O manuscrito contém cânticos religiosos escritos num estilo rústico de latim, com caráter católico evidente. O conteúdo inclui composições homenageando santos e dias festivos.
A caligrafia é descrita como rústica, indicando possivelmente uma produção local ou menos refinada. Esses textos refletem práticas devocionais medievais documentadas em latim.
Especialistas envolvidos na análise
Equipe de pesquisa
- Arthur Tennøe: chefe do Departamento de Mídia Visual e Conservação da Biblioteca Nacional, supervisiona o processo
- Chiara Palandri: conservadora da biblioteca, trabalha na preservação do manuscrito
- Espen Due-Karlsen: pesquisador responsável por examinar o texto, contribui para decifrar o conteúdo e contexto histórico
Características físicas e uso
Funcionalidade do manuscrito
O livro é pouco luxuoso e sem ornamentos complexos, sugerindo que foi feito para uso prático em contextos religiosos. Sua simplicidade contrasta com obras mais elaboradas da época.
A combinação de materiais como pele de foca e bezerro reforça essa ideia de utilitarismo. O manuscrito aponta para funcionalidade em vez de ostentação.
Contexto histórico e raridade
Importância arqueológica
Existem apenas outros dois livros noruegueses da mesma época, tornando o manuscrito de Hagenes uma peça rara. Sua descoberta amplia o entendimento sobre produção literária e religiosa na Noruega medieval.
As pistas sobre origem monástica ajudam a reconstruir práticas culturais e religiosas da região. O manuscrito representa um achado significativo para a história norueguesa.





