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Estudantes unem ciência e tecnologia para criar armadilha

Projeto une disciplinas no combate à dengue

Estudantes criaram uma armadilha inovadora para combater a dengue, unindo ciência e tecnologia em um esforço interdisciplinar. O projeto foi desenvolvido de forma interdisciplinar, envolvendo Biologia, Química, Matemática e Tecnologia, com o objetivo de enfrentar um problema de saúde pública. Além disso, contou com a colaboração de professores da escola e de instituições externas, ampliando seu alcance e expertise.

Resumo em tópicos

  • A ESP32-CAM ajuda a identificar o Aedes aegypti de forma rápida e automática
  • O projeto foi desenvolvido de forma interdisciplinar, envolvendo Biologia, Química, Matemática e Tecnologia
  • O projeto foi desenvolvido em parceria com outros professores da escola e de instituições externas
  • A ESP32-CAM é uma plaquinha eletrônica com câmera embutida
  • A ESP32-CAM tira fotos dos mosquitos capturados

Essa abordagem colaborativa permitiu integrar diversos saberes, desde a compreensão do mosquito transmissor até a implementação de soluções tecnológicas. A iniciativa demonstra como a educação pode ser aplicada de maneira prática para resolver desafios reais, preparando os alunos para atuar em contextos complexos. Em seguida, veja como a tecnologia foi empregada no dispositivo.

Tecnologia identifica mosquito automaticamente

No cerne da armadilha, está a ESP32-CAM, uma plaquinha eletrônica com câmera embutida que desempenha um papel crucial. Ela tira fotos dos mosquitos capturados e envia as imagens pela internet, facilitando o monitoramento remoto. Mais importante, ajuda a identificar o Aedes aegypti de forma rápida e automática, agilizando o processo que antes dependia de análise humana.

Essa automação reduz o tempo necessário para detectar a presença do vetor, permitindo respostas mais ágeis em áreas afetadas. A tecnologia não só moderniza o combate à dengue, mas também oferece um modelo escalável para outras regiões. No entanto, a precisão do sistema ainda apresenta desafios, como veremos a seguir.

Inteligência artificial com 68% de precisão

A inteligência artificial utilizada no projeto atingiu 68% de precisão na identificação do vetor, um resultado significativo para uma fase inicial. Por outro lado, a IA apresentava alguns falsos positivos, o que indica a necessidade de refinamentos para aumentar a confiabilidade. Esses dados mostram o potencial da tecnologia, mas também destacam os limites atuais que exigem melhorias.

Falsos positivos podem levar a alertas desnecessários, consumindo recursos que poderiam ser direcionados a focos reais de infestação. A equipe está ciente dessas limitações e trabalha para otimizar o algoritmo, buscando equilibrar sensibilidade e especificidade. Avançando, outros aspectos técnicos também demandam atenção para garantir a eficiência do sistema.

Melhorias para eficiência energética

Identificamos a necessidade de reorganizar as baterias, antes conectadas em série, para aumentar a eficiência energética do dispositivo. Adicionalmente, há a proposta de substituir a placa solar por uma de maior capacidade, capaz de ampliar a captação e o armazenamento de energia. Essas mudanças visam tornar a armadilha mais autônoma e sustentável em operação contínua.

Uma placa solar mais potente garantiria que o sistema funcione por mais tempo sem interrupções, especialmente em locais com insolação variável. Essas adaptações são essenciais para a viabilidade prática do projeto em ambientes reais. A expertise dos estudantes envolvidos foi fundamental para essas inovações, como detalharemos a seguir.

Estudantes trazem conhecimento prévio

Os estudantes envolvidos já tinham contato com esse tipo de conhecimento, o que favoreceu o desenvolvimento do projeto. Muitos são do curso técnico em Desenvolvimento de Sistemas, que contempla conteúdos sobre tecnologias renováveis, entre outros. Esse background permitiu que aplicassem habilidades práticas diretamente no trabalho, desde a programação até o manejo de energias alternativas.

O conhecimento prévio não apenas acelerou o processo, mas também enriqueceu a qualidade das soluções propostas. Essa base educacional mostra como a formação técnica pode ser aliada da inovação social. Por fim, o projeto transcende a técnica, incorporando uma dimensão pedagógica mais ampla.

Inovação pedagógica e cidadania

A inovação pedagógica do AedesTrap 4.0 está em integrar ciência, tecnologia e cidadania em uma prática interdisciplinar. Essa prática conecta a BNCC (Base Nacional Comum Curricular) e o currículo estadual de Pernambuco às necessidades reais da comunidade, tornando o aprendizado mais significativo. Ao abordar um problema local, os alunos desenvolvem não apenas competências acadêmicas, mas também senso de responsabilidade social.

Essa integração promove um educação mais holística, onde os estudantes veem a aplicação direta do que aprendem em sala de aula. O projeto serve como modelo para outras iniciativas que busquem aliar ensino e impacto comunitário. Para esclarecer dúvidas comuns, confira a seção de perguntas frequentes abaixo.

Dúvidas frequentes

Como a armadilha identifica os mosquitos?

Usa uma câmera para fotografar os insetos capturados e inteligência artificial para analisar as imagens. O sistema envia os dados pela internet para verificação remota.

Qual a precisão da identificação?

A IA atingiu 68% de precisão, mas ainda produz alguns falsos positivos. Isso significa que há margem para melhorias no algoritmo.

O projeto é sustentável energeticamente?

Sim, utiliza placa solar para energia, com planos de aumentar a capacidade. Reorganizar as baterias também visa melhorar a eficiência.

Quem participou do desenvolvimento?

Estudantes e professores de várias disciplinas, incluindo parcerias com instituições externas. Muitos alunos têm formação em Desenvolvimento de Sistemas.

Conclusão

O projeto da armadilha contra a dengue representa um avanço promissor no combate à doença, combinando tecnologia acessível e abordagem educacional. Sabe-se que o dispositivo identifica mosquitos com 68% de precisão e opera com energia solar, mas persistem desafios como falsos positivos e a necessidade de otimizações energéticas. A iniciativa destaca o potencial da interdisciplinaridade na educação, embora ainda haja espaço para refinamentos técnicos e expansão do impacto comunitário.

Fonte

Helvio Diniz
Helvio Dinizhttps://orbitonhub.com
Conheça Helvio Diniz, especialista em tecnologia e educação digital. Artigos sobre ferramentas tech, IA e inovação educacional no Orbiton.
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