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Volvo estende vida de motores a combustão até 2030

Mudança de rumo na transição elétrica

A Volvo, que em 2021 anunciou planos para se tornar 100% elétrica até 2030, agora admite que os motores a combustão terão vida mais longa do que o previsto. A montadora pretende manter os motores a gasolina em linha por mais 15 anos ou mais, segundo informações recentes.

Esse reposicionamento ocorre em um contexto onde as vendas de carros elétricos da empresa caíram 21% de janeiro a setembro em relação ao mesmo período de 2024. Além disso, as vendas de híbridos plug-in da Volvo recuaram 1% no mesmo intervalo.

Os números totais de eletrificados alcançaram 227.317 unidades, representando 44,2% das vendas globais da marca. Esses dados indicam desafios na transição completa para a eletrificação, preparando o terreno para uma convivência mais prolongada entre tecnologias.

Desafios técnicos e regulatórios

Adaptação às regulamentações

A adaptação às diferentes regulamentações de emissões e segurança exige tempo considerável, conforme destacado pela empresa. Outro fator que demanda prazos extensos é a integração do sistema multimídia com a plataforma Android Automotive do Google.

Esses processos complexos contribuem para a decisão de estender a vida útil dos motores tradicionais.

Fim dos motores diesel e foco em híbridos

Paralelamente, a Volvo já encerrou a produção de motores diesel, concentrando esforços em alternativas menos poluentes. A necessidade de uma segunda geração de híbridos plug-in que dure até o final da década de 2030 reforça a estratégia de transição gradual.

Esses desenvolvimentos mostram que a eletrificação total envolve mais do que simples substituição de tecnologia.

Contexto industrial e declarações

Visão do CEO Håkan Samuelsson

O CEO Håkan Samuelsson, de 74 anos, afirmou que a indústria automotiva será elétrica em cerca de 10 anos. No entanto, ele também reconheceu que os motores a combustão devem continuar convivendo com os elétricos até pelo menos o fim da década de 2030.

Essa visão equilibra otimismo com realismo sobre os prazos de transformação do setor.

Turbulências no mercado automotivo

Enquanto isso, outros players do mercado enfrentam seus próprios desafios. Fábricas de carros podem parar novamente por falta de chips, afetando a produção global.

Além disso, os lucros operacionais da Porsche despencaram em 2025, indicando turbulências econômicas no segmento premium. Esses fatores externos influenciam as decisões estratégicas de todas as montadoras.

Cenário atual e perspectivas futuras

Composição da linha até 2030

Até 2030, entre 90% e 100% da linha da Volvo será composta por modelos híbridos plug-in ou totalmente elétricos, mantendo alguma flexibilidade conforme a demanda. A empresa admite que os motores a gasolina ainda terão vida longa, adaptando-se às realidades do mercado.

Essa abordagem permite responder a flutuações nas preferências dos consumidores e na infraestrutura disponível.

Reavaliação dos prazos de eletrificação

Em contraste com anúncios anteriores de eletrificação rápida, o novo posicionamento reflete uma avaliação mais cautelosa dos prazos necessários. A Volvo busca equilibrar ambição ambiental com viabilidade comercial, garantindo que a transição não comprometa sua sustentabilidade financeira.

O caminho para a mobilidade totalmente limpa parece mais longo do que se imaginava.

Fonte

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