Seis países pressionam por mudança na regra de 2035
Seis países da União Europeia pressionam o bloco para abandonar ou flexibilizar a regra que prevê o fim da venda de carros com motor a combustão a partir de 2035. A informação foi publicada pela Automotive News.
A pressão ocorre às vésperas de a Comissão Europeia apresentar um pacote de medidas para apoiar a indústria automotiva. O objetivo dos países é influenciar o texto final.
Momento decisivo para o setor automotivo
Pacote de medidas em discussão
O pacote de medidas da Comissão Europeia está previsto para 10 de dezembro, mas pode ser adiado. Os seis países buscam ampliar a margem tecnológica disponível para as montadoras.
Essa movimentação ocorre em um momento decisivo para o setor, que aguarda definições sobre seu futuro.
Posição de Alemanha e Itália
De acordo com a Automotive News, Itália e Alemanha já vinham trabalhando para suavizar o banimento dos motores a combustão. A pressão dos países busca garantir que as regras não prejudiquem a competitividade da indústria europeia.
Essa articulação mostra a complexidade do debate sobre a transição energética no continente.
Preocupações com concorrência e mercado
Desafios da concorrência chinesa
Itália e Alemanha temem impactos sobre suas montadoras diante da concorrência chinesa. Além disso, os dois países também se preocupam com a demanda mais fraca do que o previsto por carros elétricos.
Outro fator de preocupação são as tarifas dos Estados Unidos, que podem afetar as exportações europeias.
Mudança no cenário desde 2023
A realidade posterior de vendas mais fracas e forte competição chinesa levou vários países a reconsiderar suas posições. Inicialmente, quando a UE aprovou em 2023 o regulamento que obriga que todos os veículos novos vendidos a partir de 2035 tenham emissões zero, o otimismo com os elétricos era maior.
Agora, o cenário mudou significativamente.
Desafios estruturais da indústria europeia
Custos elevados e ajustes
Custos elevados de energia e mão de obra têm levado fabricantes europeus a cortar empregos e rever investimentos. Nesse contexto, a França defende prioridade a veículos elétricos produzidos na Europa para evitar perdas industriais.
A posição francesa reflete a preocupação com a manutenção da base produtiva no continente.
Montadoras aguardam clareza
Stellantis, Volkswagen, Renault e outras marcas aguardam clareza sobre o futuro da regra para definir investimentos de longo prazo. Esses investimentos envolvem bilhões de euros, segundo as informações disponíveis.
A incerteza regulatória dificulta o planejamento estratégico das empresas.
Impacto nos investimentos e futuro do setor
Planejamento de longo prazo
A falta de definição sobre as regras afeta diretamente os planos das montadoras para os próximos anos. Os investimentos de longo prazo, que envolvem bilhões de euros, dependem da clareza regulatória.
As empresas precisam saber em quais tecnologias focar seus recursos financeiros e humanos.
Ponto de inflexão histórico
O momento atual representa um ponto de inflexão para a indústria automotiva europeia. As decisões tomadas agora terão repercussões por décadas, moldando o futuro da mobilidade no continente.
A pressão dos seis países reflete essa importância estratégica.
O que está em jogo na discussão
Além da regra ambiental
A discussão vai além da simples manutenção ou flexibilização de uma regra ambiental. Envolve a competitividade da indústria europeia frente a concorrentes globais, a preservação de empregos e a definição do modelo de mobilidade para as próximas décadas.
Cada decisão terá impactos econômicos e sociais significativos.
Expectativa do setor
O pacote de medidas que a Comissão Europeia deve apresentar será crucial para dar direção ao setor. Enquanto isso, as montadoras seguem em um estado de expectativa.
Elas aguardam definições que permitam planejar com segurança seus futuros investimentos e estratégias de produção.
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