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3 mil passos diários freiam progressão do Alzheimer

Exercício físico contra o Alzheimer

Um estudo publicado na revista Nature Medicine nesta segunda-feira (3) revela que hábitos simples podem desacelerar o Alzheimer.

Cientistas descobriram que caminhar 3 mil passos ou mais diariamente retarda alterações cerebrais e declínio cognitivo em pacientes.

Essas descobertas abrem novas perspectivas para estratégias não medicamentosas contra a doença neurodegenerativa.

A pesquisa reforça que intervenções no estilo de vida têm impacto significativo na saúde cerebral.

Como a pesquisa foi conduzida

O estudo acompanhou 296 pessoas com idades entre 50 e 90 anos, sem comprometimento cognitivo inicial.

Os dados incluíram contagem de passos e níveis de proteínas cerebrais ao longo de 14 anos.

Foram analisadas duas proteínas tóxicas ligadas ao Alzheimer:

  • Placas beta-amiloides
  • Emaranhados neurofibrilares de proteína tau

O acompanhamento de longo prazo permitiu observar mudanças graduais no cérebro dos participantes.

Relação entre passos e proteínas

O risco de desenvolver Alzheimer foi maior para quem tinha níveis elevados de amiloide no início do estudo.

Pessoas com baixos níveis de amiloide apresentaram pouco declínio cerebral e baixo acúmulo de proteína tau.

Um maior número de passos foi associado a taxas mais lentas de declínio cognitivo.

Participantes com alta carga proteica inicial tiveram pior evolução clínica.

Impacto nos marcadores biológicos

Ficou evidente a conexão entre atividade física e marcadores biológicos da doença.

Impacto gradual da caminhada

O declínio cognitivo foi retardado de modo proporcional ao número de passos dados.

Benefícios por faixa de passos diários:

  • 3 a 5 mil passos: atraso de três anos nas consequências do Alzheimer
  • 5 a 7 mil passos: atraso de sete anos nas consequências do Alzheimer

Cada passo adicional conta na proteção cerebral.

Mesmo 3 mil passos diários já têm efeito positivo para o cérebro.

Mecanismos por trás dos benefícios

A atividade física melhora o fluxo sanguíneo, reduz inflamação e aumenta hormônios e fatores de crescimento.

Esses processos biológicos explicam como o exercício protege as funções cognitivas.

Wai-Ying Yau, do hospital Mass General Brigham, participou da investigação científica.

Os mecanismos identificados ajudam a entender por que movimento regular faz diferença na saúde mental.

Processos biológicos envolvidos

Melhora do fluxo sanguíneo, redução da inflamação e aumento de hormônios protetores.

Limitações do estudo atual

Os cientistas não podem descartar a ‘causalidade reversa’.

Alterações cerebrais precoces do Alzheimer podem levar as pessoas a caminharem menos na terceira idade.

A relação entre pouca atividade e avanço da doença pode ser bidirecional.

Ainda são necessárias mais pesquisas para observar o impacto direto da atividade física.

Embora os resultados sejam promissores, cautela na interpretação é recomendada.

Integrando hábitos saudáveis

Uma rotina de vida saudável inclui:

  • Boa alimentação
  • Hidratação adequada
  • Sono de qualidade
  • Atividade física regular

A caminhada aparece como um dos pilares dessas práticas benéficas.

No contexto do Alzheimer, o exercício físico se soma a outros fatores protetores já conhecidos.

Manter o corpo ativo contribui para o bem-estar geral e específico do cérebro.

Pequenas mudanças, grandes diferenças

Adotar múltiplos bons hábitos potencializa os efeitos positivos.

A mensagem final é que pequenas mudanças no dia a dia fazem grande diferença a longo prazo.

Fonte

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